sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Escrever Poesias



De tudo que couber sentimentos pode se tirar poesia.

gaveta casa coração madeira planeta

Tudo que é passível de infinitos faz jus ao poeta.


Escrever poesias é estar de acordo com as flores.





por Rafael C. Nemer



.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pio

Pio

Ela correu e saiu voando de um jeito tão passarinho.
Eu joguei um beijo pra tentar derrubar, mas errei. Gritei:
- ISSO É AMOR?
Ela olhou para baixo e respondeu:
- Piu!
E continuou voando.
- Muito engraçado! – protestei.


Enquanto o sol fingia não ver minhas asas quebradas.



- Rafael C. Nemer


.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A Metáfora da Vovozinha



A Metáfora da Vovozinha

Solitária sobrevivente de um mundo cão. Percorreu uma vida sem atalhos. O corpo da velha se justifica:
• Garras e olhos grandes pra se defender melhor;
• Orelhas grandes de medo;
• Boca tão grande pra reclamar ou falar mal de alguém.

Que tragédia, senhora.
Não fora engolida pelo lobo, mas pela sociedade.


- Rafael C. Nemer



.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pobre Sujeito Prejudicado com Objeto Direto

(Este texto não tem a pretensão de ser agradável)


Pobre Sujeito Prejudicado com Objeto Direto

- Um homem morreu esfaqueado num bar da capital – disse o jornal.
Pobre moço, parece que a ação foi feita por ele.
O homem não morreu esfaqueado;
Alguém matou o homem a facadas.

O jornal quase fez parecer
Que a culpa foi da vítima.
Quem é assassinado nunca deve ocupar
O lugar de Sujeito numa oração.
(Talvez mereça, esse sujeito, uma oração).

Isso é forma de amoitar o mal.
A maldade não está em morrer, mas em matar.

E que benefício para a humanidade, esta minha reflexão.
Discutir se um crime está gramaticalmente correto.
E a injustiçada pessoa que lê, acostumada pela TV,
Com sangue sem eufemismo,
Talvez nem tenha questionado:
“Por que ele critica a sintaxe,
E não o assassinato?”. 



 Rafael C. Nemer

.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

O Fragmento Perdido



O Fragmento Perdido

O Fragmento perdido voava
Por entre o nada
E sobre a cabeça de todos.

Ninguém notava o Fragmento Perdido
E, enquanto partícula voadora
Não decifrada, era tudo o que quisesse ser,
E, ao mesmo tempo, era nada.

O Fragmento Perdido poderia ser
Uma nota fiscal, uma carta de amor,
Um bilhete premiado de loteria
 E um mapa de tesouro.

Eu, pra falar a verdade,
Avistei o fragmento.
Num primeiro momento,
Pensei ser um texto vazio.

Ele voava com a leveza de um poema,
Feliz como um bilhete de loteria,
Pensativo como um mapa de tesouro
E apressado como uma nota fiscal.

Acompanhando meu amigo
Papel em pedaço, divaguei,
Decifrando qual seria
Seu recado para mim.

Naquela hora, eu não precisava de poesias
Cairia bem um bilhete de loteria sem rimas.

A mensagem não é o que está no Fragmento Perdido.
A mensagem é o fragmento em si, dentro de mim.



- Rafael C. Nemer

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Um Poeta e um Astronauta



.

Madeira

Pato terra quase na galinha
O ovo pegou quer girafa contudo
Na coruja elefante folha
Uma leão até ovelha voa água
Barulho pinga macaco e pedra
Chorando feliz


Desabou uma árvore no meio do meu texto.


 Rafael C. Nemer


.